TEXTO BÁSICO PARA OS ALUNOS DO 2º ANO DO em
FASES DO CAPITALISMO
GEOGRAFIA
Ao
longo do tempo, constituíram-se diferentes fases do capitalismo, etapas essas
que acarretaram profundas transformações no espaço geográfico das sociedades.
O sistema capitalista, desde suas origens no final
do século XV e início do século XVI, sofreu diferentes transformações, passando
de um modelo transitório da crise do feudalismo a um complexo modelo de
economia e sociedade. Tais transformações ocasionaram profundas produções e
transformações socioespaciais, que, em partes, refletiram tanto as modificações
nas técnicas e nos modelos produtivos quanto resguardaram em si as heranças
dessa dinâmica.
Para fins didáticos, as principais
análises dividem a história com base em três fases do capitalismo: o comercial,
o industrial e o financeiro. Existem autores que ainda afirmam
existir uma quarta fase: o “capitalismo informacional” — termo desenvolvido por
Manuell Castells em sua obra “A Sociedade em Rede”. No presente texto, estão
reunidos alguns esforços para caracterizar essa periodização, com ênfase
nas transformações causadas sobre o espaço geográfico.
Capitalismo comercial
O Capitalismo Comercial alavancou-se graças ao
início da formação do sistema capitalista e a consequente expansão do comércio
internacional no contexto da Europa. Essa fase ficou marcada pela expansão
marítima comercial e também colonial, com a formação de colônias europeias em
várias partes do mundo, com destaque para as Américas e também para o
continente africano.
Nesse período, intensificou-se a
prática do mercantilismo, um sistema econômico geralmente
concebido como “um conjunto de práticas” não planejadas. Esse sistema era
calcado na busca e controle de matérias-primas e metais preciosos (metalismo),
além da intensiva troca comercial internacional, em que cada Estado procurava
manter uma balança comercial favorável.
Outro desenvolvimento importante durante essa fase
do capitalismo foi a manufatura, o que foi mais tarde desenvolvido a partir das
revoluções industriais. O resultado sobre o espaço geográfico foi a
constituição de muitas cidades e o crescimento de algumas outras, embora a
população continuasse majoritariamente rural tanto nos países imperialistas
centrais quanto nas colônias e nações menos desenvolvidas.
Capitalismo Industrial
A segunda fase do capitalismo é chamada
de Capitalismo Industrial por ter sido um efeito direto da emergência, expansão
e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de Revolução Industrial iniciado em meados do
século XVIII na Inglaterra. Com isso, a luta por matérias-primas, transformadas
depois em mercadorias industrializadas, intensificou-se ao longo do globo, e a
Divisão Internacional do Trabalho foi assim estruturada: de um lado, as
colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos primários em
geral; do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores
de mercadorias.
Nos países desenvolvidos, notadamente
na Europa e em algumas partes da América do Norte, as cidades conheceram um boom populacional,
marcado pelo intensivo êxodo rural e pela expansão desordenada das periferias
em locais como Londres e Paris. A grande quantidade de trabalhadores empregados
nas fábricas e a difusão do pensamento econômico liberal, desenvolvido por Adam
Smith, também foram elementos característicos desse contexto, que se estendeu
até o final do século XIX e o início do século XX.
Capitalismo Financeiro
Para muitos, essa é a atual fase do capitalismo,
marcada pelo protagonismo exercido pela especulação financeira e pela bolsa de
valores, que passou a ser uma espécie de “termômetro” sobre a economia de um
país. Basicamente, essa fase do capitalismo estrutura-se com a formação do
mercado de ações e a sua especulação em termos de valores, taxas, juros e
outros.
Em algumas abordagens, diz-se que no Capitalismo
Financeiro houve uma espécie de fusão entre capital bancário e capital
industrial. Isso ocorreu porque as empresas passaram a ser divididas em ações
negociadas com base em valores e calculadas a partir do potencial de
lucratividade oferecido por tais empresas.
Alguns críticos alcunham esse período
de Capitalismo Monopolista, pois uma de suas competências é a possibilidade de
união (fusão, também chamada detruste) entre uma ou mais empresas, ou
até mesmo a compra de uma pela outra através do investimento em ações. Nesse
sentido, boa parte do mercado, em vez de ser gerida pela lei da livre concorrência,
estaria condenada ao monopólio ou ao oligopólio, embora as grandes fusões do
mercado atual não tenham extinguido a competição.
Um exemplo de fusão entre duas empresas
foi a união entre a Sadia e aPerdigão, ou a compra da Yahoo e
da Nokia pela Microsoft, além de inúmeros outros casos. Tal
configuração também permitiu a expansão de algumas marcas pelo mundo todo,
empresas essas chamadas de multinacionais ou globais.
O principal efeito dessa dinâmica sobre o espaço
geográfico foi a industrialização dos países emergentes, com uma consequente e
acelerada urbanização ao longo do século XX, a exemplo do Brasil e dos chamados
Tigres Asiáticos. Alguns países periféricos também estão se industrializando,
muito em função da migração dessas empresas estrangeiras para suas áreas em
busca de impostos mais baratos, fácil acesso a matérias-primas, uma mão de obra
mais barata e uma mais ampla contemplação ao mercado consumidor.
Por Me. Rodolfo Alves Pena
TEXTO DE INTERESSE DO 2º ANO
Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial, avanços tecnológicos, invenções,
história, resumo, tecnologia
Introdução
A Terceira Revolução
Industrial teve início em meados da década de 1940, logo após o término da
Segunda Guerra Mundial, vindo até os dias de hoje. Este processo teve a
liderança dos Estados Unidos da América, que se tornou a grande potência
econômica deste período. Tem como principal característica o uso de tecnologias
avançadas no sistema de produção industrial.
Principais
características da Terceira Revolução Industrial:
- Utilização de várias fontes
de energia (antigas e novas): petróleo, energia hidrelétrica, nuclear, eólica,
etc. Passa a aumentar, principalmente a partir da década de 1990, a preocupação
com a diminuição do uso das fontes de energia poluidoras e aumento da energia
limpa.
- Uso crescente de recursos da
informática nos processos de produção industrial. A Robótica é o principal
exemplo.
- Diminuição crescente do
emprego de mão-de-obra humana (principalmente em tarefas braçais), sendo
substituída pelas máquinas, sistemas automatizados, computadores e robôs
industriais.
- Uso de tecnologias no
processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo de produção.
- Ampliação dos direitos
trabalhistas.
- Globalização: produção de
produtos com peças fabricadas em várias partes do mundo.
- Desenvolvimento da
Biotecnologia, ampliando a produção da indústria de medicamente e melhorando a
qualidade e eficiência.
- Surgimento, na década de
1970, de novas potências industriais e econômicas como, por exemplo, Alemanha e
Japão. Neste cenário, já na década de 1990, aparece a China.
- Massificação dos produtos
tecnológicos, ligados aos meios de comunicação e Internet, no começo do século
XXI. Exemplos: telefones celulares, computadores pessoais, notebooks, tablets e
smartfones.
- Aumento da consciência
ambiental, a partir da década de 1980, por grande parte das indústrias, que
passam a buscar processos produtivos sem ou com baixo impacto ambiental.
Principais invenções tecnológicas deste período:
- ROBÔS INDUSTRIAIS;
- SATÉLITES DE COMUNICAÇÃO;
- COMPUTADOR PESSOAL;
- CAIXA ELETRÔNICO;
- TELEFONE CELULAR;
- TABLET;
- SOFTWERES;
- SISTEMA DE GPS;
- TECNOLOGIAS AUTOMOTICAS.
CAPITALISMO
MONOPOLISTA
Para entendermos essas situações típicas do
capitalismo, é preciso definir alguns conceitos:
Capitalismo
financeiro: ocorreu a partir do século XX, quando as grandes empresas
interagiram, e interagem até hoje, com o capital bancário. Grandes empresas
compraram bancos e bancos compraram grandes empresas. Antes desse período, o
capital industrial era o mais importante setor do capitalismo, principalmente
no século XIX. Atualmente, a circulação de dinheiro e o capital bancário definem
grande parte do investimento mundial.
Monopólio
capitalista: apesar do sistema capitalista pregar a concorrência entre
empresas, ao longo do processo industrial não foi isso que ocorreu: principalmente nas crises, as pequenas e
médias empresas não conseguem concorrer com as grandes empresas, que contam com
grande apoio dos bancos e podem abaixar muito seu preço. Como as pequenas não
têm poder de concorrer, elas acabam fechando ou são compradas pelas grandes
empresas. Exemplo: as fusões de empresas, como a AmBev, que fez o
setor de cervejas quase um monopólio brasileiro (a Brahma e a Antártica se
uniram). As fusões e aquisições de empresas não são sempre feitas de forma
legítima. A concorrência, muitas vezes, é feita de forma desleal e ilegal.
Oligopólio: ocorre quando uma empresa domina sozinha a
produção de uma determinada mercadoria ou serviço, impondo seus preços. É um
monopólio, sendo as práticas mais comuns os cartéis, trustes e holdings, que muitas vezes utilizam o
dumping.
Cartel: ocorre
quando grandes empresas do mesmo setor fazem um acordo para dominar o mercado
praticando o mesmo preço (normalmente mais alto do que ocorreria com a livre
concorrência).
Truste: ocorre quando um conjunto de empresas se associam para
constituir uma única operação, ou seja, teoricamente são concorrentes mas na
prática, os donos e os maiores acionistas são os mesmos.
Holding:
ocorre quando uma grande empresa é criada para administrar outras, portanto é
quase um cartel “disfarçado”, pois uma empresa controla a outra por maioria
acionária. Apesar de ser legal em muitos países, é desleal pois elimina, ou
dificulta, a concorrência.
Dumping: ocorre quando grandes empresas colocam
seu preço abaixo do custo de produção, com a finalidade de quebrar as pequenas
empresas, para adquiri-las ou fechá-las. É ilegal mas de difícil comprovação e
condenação.
FONTE: sua pesquisa.com
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