Vale a pena ler o livro "UM FRANCÊS NO VALE DO CARANGOLA. É um relato da vida do imigrante francês Alexandre Bréthel, farmacêutico e fazendeiro que viveu em Carangola MG entre 1862 e 1901.
O livro foi escrito por uma escritora francesa Françoise Massa e traduzido para a Língua Portuguesa pela Jornalista e escritora franciscana (natural de São Francisco do Glória), Minas Gerais, Heloísa Azevedo Costa.
Trata-se de cartas escritas entre 1862 e 1901 por Bréthel a seus familiares relatando fatos importantes da época, características da população local e dos lugares onde vivera o imigrante francês.
O livro é um mergulho na história de Carangola e região.
Além das cartas, o livro oferece ao leitor farta documentação, fruto de pesquisas realizadas na Europa e no Brasil pela jornalista Heloísa Azevedo da Costa.
Compra do livro " Um Francês no Vale do Carangola" tradução Heloisa Azevedo da Costa pelo site. www.crisalida.com.br
sábado, 27 de fevereiro de 2016
sábado, 20 de fevereiro de 2016
TEXTO
DE INTERESSE DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
1ª GUERRA MUNDIAL
Causas
Com essa disputa
acirrada pelo mercado mundial, foram surgindo os primeiros sinais de que uma
grande guerra estaria vindo pela frente. O países da Europa começaram a
investir em tecnologia de guerra, engrossando as fileiras do exército. Além
disso, foi desenvolvido uma política que ficou conhecida como “política de
alianças”. Foram assinados acordos militares que dividiram os países europeus
em dois blocos, que mais tarde dariam início a primeira Guerra Mundial. A
divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que
formavam a Tríplice Aliança, e do outro a
Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice
Entente.
Não
podemos esquecer do revanchismo que existia entre a França e a Alemanha, já que
no final do século XIX durante a Guerra Franco-Prussiana o país havia perdido a
região da Alsácia-Lorena para os Alemães, e agora desejavam poder retomar a
região novamente.
Uma das causas que provocou a guerra propriamente dita foi o assassinato de
Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, enquanto fazia uma
visita a Sarajevo, região da Bósnia-Herzegovina. O criminoso era um jovem que
pertencia a um grupo Sérvio (Mão Negra) que era contra a intervenção da
Áustria-Hungria na região dos Balcãs. Insatisfeito com as atitudes tomadas pela
Sérvia contra o criminoso, o império austro-húngaro declarou guerra à Sérvia em
28 de julho de 1914.
A Guerra
Com
a guerra tendo iniciado, alguns dos primeiros ataques aconteceram contra o
continente africano e no oceano pacífico, onde haviam colônias e territórios
ocupados pelos europeus. A África do Sul foi atacada pelas forças alemãs em 10
de agosto, pois as terras pertenciam ao império Britânico. A Nova Zelândia
invadiu a Samoa, que pertencia a Alemanha, e a Força Naval e expedicionária
Australiana desembarcou na ilha de New Pommem, que viria a se tornar
futuramente a Nova Bretanha, que na época fazia parte da chamada Nova Guiné
Alemã.
Coube
ao Japão invadir as colônias micronésias e o porto alemão que abastecia carvão,
de Qingdao, na península chinesa de Shandog.
CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
·
Centenas de Famílias destruídas e
crianças órfãs (Cerca de 10 milhões de mortos)
·
Os EUA vieram a se tornar o país mais
rico do mundo
·
Fragmentação do império
Austro-Húngaro
·
Surgimento de alguns países
(Iugoslávia) e desaparecimento de outros
·
Divisão do império turco após 200 anos
de decadência
·
Aumento do desemprego na Europa
FONTE:
Marcos Júnio
Marcos Júnio
A 2ª GUERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial compreende o período entre os anos de 1939 e 1945 no qual
ocorreu o conflito armado de maior escala da história da humanidade até os dias de hoje. O combate envolveu as maiores
potências da época que empenharam toda sua economia e política no mesmo, e foi
o único a usar armas nucleares dizimando cerca de 70 milhões de pessoas dentre
soldados e civis, sendo o conflito mais sangrento da história.
O período que
antecede o início da Segunda Guerra é marcado pela crise econômica da quebra da bolsa de Nova York no ano de 1930 que teve seu ponto de
início nos Estados Unidos, contudo espalhou-se rapidamente pelo resto do mundo
afetando a economia global. Uma das soluções do governo facista foi investir na
industrialização de equipamentos bélicos como armas, aviões, navios e tanques.
No período entre guerras (período que consiste entre o fim da
Primeira Guerra e início da segunda), podemos notar também o avanço de regimes
totalitaristas radicais como o Nazismo encabeçado por Adolf
Hitler e o Facismo liderado
por Benito Mussolini. Ambas as ideologias espalharam-se pela Europa ganhando
força e propondo uma expansão territorial.
Brasil na Segunda Guerra Mundial
O
Brasil manteve-se neutro até certo ponto, quando alguns de seus navios
começaram a sofrer ataques e o país declarou guerra à Alemanha no ano de 1942,
ajudando os Estados Unidos na libertação da Itália que encontrava-se quase que
totalmente nas mãos do exército nazista. O país enviou cerca de 400 homens de
apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), 42 pilotos e 25 mil homens da Foça
Expedicionária Brasileira (FEB).
Causas
Em busca pela
conquista de territórios, um grupo de países se uniu formando uma aliança de
guerra denominada Eixo, que foi liderada
por Alemanha, Itália e Japão. A Alemanha
liderada por Hitler pretendia impor uma nova ordem na Europa disseminando a
ideologia nazista e de imposição da raça alemã e exclusão total de minorias
como negros, homossexuais, judeus, ciganos e a perseguição de regimes
comunistas e socialistas. Itália e Japão estavam interessados em seus próprios
propósitos de expansão territorial.
O fato que demarcou
o início da Guerra foi a invasão da Polônia pela Alemanha nazista no ano de
1939 tendo como reação imediata declarações de guerra à Alemanha pela França e
Inglaterra. Para contrapor o Eixo outra aliança foi formada, a dos Aliados, a qual era
liderada pelos Estados Unidos, Reino
Unido e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Consequências
Após
um longo período de combate entre Eixo e Aliança, a Segunda Guerra chegou ao
fim apenas no ano de 1945 quando Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último
país a assinar o tratado de rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos
Estados Unidos onde uma bomba atômica explodiu na cidade de Hiroshima dizimando
um grande número de cidadãos japoneses inocentes.
O regime nazista foi
responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4 milhões de pessoas
com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um número exorbitante
de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os danos materiais
também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e outras envolvidas
destruindo cidades inteiras e a vida de milhares de cidadãos. O pagamento de
uma indenização para reconstrução das nações derrotadas foi determinado pelos
Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos, assinada no Tratado
de Paz de Paris.
Ao final da guerra
foi criada a Organização das Nações Unidas
(ONU), que tinha o
propósito de manter a paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma
pacífica e ajudar as vítimas da Segunda Guerra.
FONTE: Gabriely Araujo
O fim da velha ordem bipolar
Desde a queda do muro de Berlim, em 1989, um dos assuntos mais discutidos, na imprensa e nos círculos acadêmicos, é a emergência de uma "nova ordem mundial". O termo foi lançado por George Bush, presidente dos EUA, de 1989 a 1992. Trata-se de um arranjo geopolítico e econômico internacional que permeia as relações entre os países.
A nova ordem mundial apresenta basicamente duas facetas, uma geopolítica e outra econômica. Na geopolítica, a grande mudança foi o fim da Guerra Fria e, portanto, da bipolarização de poder entre as duas superpotências e dos blocos por elas comandados. Na economia, os fatos novos são o processo de globalização e a tendência de formação de blocos econômicos regionais.
Desde 1989, a humanidade tem assistido perplexa a uma série de acontecimentos, até então impensáveis. A queda do Muro de Berlim era um fato inimaginável, pelo menos a curto prazo, da mesma forma que a reunificação da Alemanha, ocorrida em 1990.
Em julho de 1991, outro símbolo da Guerra Fria desapareceu. Reunidos em Praga, na então Tcheco-Eslováquia, representantes dos países membros do Pacto de Varsóvia formalizaram a sua dissolução. Era o fim do conflito Leste x Oeste. Esses pontos cardeais deixavam de Ter uma conotação ideológica e retomavam seu significado intrinsecamente geográfico.
Finalmente, em dezembro de 1991, foi selada a desagregação política e territorial da URSS. Era o fim do império vermelho da Rússia, o presidente Boris Yeltsin reuniu-se com os chefes de Estado da Ucrânia e Belarus. Nesse encontro, foi firmado o Acordo de Minsk, criando a Comunidade de Estados Independentes (CEI) em substituição da extinta URSS. Composta por doze ex-repúblicas soviéticas, a CEI não é um Estado, mas um acordo econômico e geopolítico entre Estados independentes.
Depois de todos esses acontecimentos, pode-se afirmar que a Guerra Fria chegou ao fim; no entanto, permanecem tensões nas relações entre as atuais potências do mundo, que continuam investindo em seu poder militar.
ordem Mundial Multipolar=
Nova Ordem Mundial
A nova ordem mundial é definida como multipolar, isto é, existem vários centros de poder. Normalmente, consideram-se três grandes potências mundiais de grande poderio econômico e tecnológico: os Estados Unidos da América, o Japão e a União Européia, com destaque para a Alemanha.
No final da década de 80, o mundo não era mais bipolar. Isto é, não havia mais a marca da disputa entre as duas superpotências: EUA, representando o capitalismo e a URSS, representando o socialismo. Mas foram a queda do Muro de Berlin e a reunificação da Alemanha, em 1990, os verdadeiros marcos dessa passagem.
Velha Ordem para a Nova Ordem
Hoje, no mundo multipolar do pós-Gerra Fria, o poder é medido por pela capacidade econômica - disponibilidade de capitais, avanço tecnológico, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e índices de competitividade.
Outro importante aspecto da nova ordem é o aprofundamento da tendência de globalização em suas várias facetas. Essa tendência acontece tanto em âmbito regional, quanto mundial, com o fortalecimento de blocos econômicos supranacionais.
A globalização nada mais é do que uma ferramenta nova da expansão capitalista. Pode-se afirmar que a globalização está para o atual período científico-tecnológico, assim como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial, ou o imperialismo para o final da fase industrial.
A globalização trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que movem os capitais produtivos e especulativos. Agora a invasão não é mais armada, feita com tropas é muito mais sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão de mercadorias, capitais, serviços, informações, pessoas. As novas armas são a agilidade e a eficiência das comunicações, da informática, dos Airbus.
A invasão de agora é, muitas vezes, instantânea, online, via redes mundiais de computadores, que interliga as bolsas de valores ou de capitais especuladores de curto prazo, com grande velocidade, em busca de marcados mais interessantes.
É fato que a nova ordem acabou com o perigo de uma III Guerra Mundial. Mas os problemas e as contradições, tanto do capitalismo, quanto do socialismo, que eram deixados em segundo plano, passaram a a aflorar, chamando a atenção de todo.
Desigualdades sociais e regionais, sentimentos xenófobos, desemprego, agressão ao meio ambiente, conflitos religiosos e étnicos.
Assim, o que se percebe é que, com o fim da Guerra Fria, muitas tensões e conflitos, que estavam latentes, vieram à tona.
É importante ficar claro que a nova ordem mundial é a constituição de uma novo arranjo geopolítico e econômico no plano internacional, e não um novo mundo no qual impere a ordem, a estabilidade, o respeito às minorias. A nova ordem mundial, não significa um mundo de paz, mas está muito longe disto.
Desde a queda do muro de Berlim, em 1989, um dos assuntos mais discutidos, na imprensa e nos círculos acadêmicos, é a emergência de uma "nova ordem mundial". O termo foi lançado por George Bush, presidente dos EUA, de 1989 a 1992. Trata-se de um arranjo geopolítico e econômico internacional que permeia as relações entre os países.
A nova ordem mundial apresenta basicamente duas facetas, uma geopolítica e outra econômica. Na geopolítica, a grande mudança foi o fim da Guerra Fria e, portanto, da bipolarização de poder entre as duas superpotências e dos blocos por elas comandados. Na economia, os fatos novos são o processo de globalização e a tendência de formação de blocos econômicos regionais.
Desde 1989, a humanidade tem assistido perplexa a uma série de acontecimentos, até então impensáveis. A queda do Muro de Berlim era um fato inimaginável, pelo menos a curto prazo, da mesma forma que a reunificação da Alemanha, ocorrida em 1990.
Em julho de 1991, outro símbolo da Guerra Fria desapareceu. Reunidos em Praga, na então Tcheco-Eslováquia, representantes dos países membros do Pacto de Varsóvia formalizaram a sua dissolução. Era o fim do conflito Leste x Oeste. Esses pontos cardeais deixavam de Ter uma conotação ideológica e retomavam seu significado intrinsecamente geográfico.
Finalmente, em dezembro de 1991, foi selada a desagregação política e territorial da URSS. Era o fim do império vermelho da Rússia, o presidente Boris Yeltsin reuniu-se com os chefes de Estado da Ucrânia e Belarus. Nesse encontro, foi firmado o Acordo de Minsk, criando a Comunidade de Estados Independentes (CEI) em substituição da extinta URSS. Composta por doze ex-repúblicas soviéticas, a CEI não é um Estado, mas um acordo econômico e geopolítico entre Estados independentes.
Depois de todos esses acontecimentos, pode-se afirmar que a Guerra Fria chegou ao fim; no entanto, permanecem tensões nas relações entre as atuais potências do mundo, que continuam investindo em seu poder militar.
ordem Mundial Multipolar=
Nova Ordem Mundial
A nova ordem mundial é definida como multipolar, isto é, existem vários centros de poder. Normalmente, consideram-se três grandes potências mundiais de grande poderio econômico e tecnológico: os Estados Unidos da América, o Japão e a União Européia, com destaque para a Alemanha.
No final da década de 80, o mundo não era mais bipolar. Isto é, não havia mais a marca da disputa entre as duas superpotências: EUA, representando o capitalismo e a URSS, representando o socialismo. Mas foram a queda do Muro de Berlin e a reunificação da Alemanha, em 1990, os verdadeiros marcos dessa passagem.
Velha Ordem para a Nova Ordem
Hoje, no mundo multipolar do pós-Gerra Fria, o poder é medido por pela capacidade econômica - disponibilidade de capitais, avanço tecnológico, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e índices de competitividade.
Outro importante aspecto da nova ordem é o aprofundamento da tendência de globalização em suas várias facetas. Essa tendência acontece tanto em âmbito regional, quanto mundial, com o fortalecimento de blocos econômicos supranacionais.
A globalização nada mais é do que uma ferramenta nova da expansão capitalista. Pode-se afirmar que a globalização está para o atual período científico-tecnológico, assim como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial, ou o imperialismo para o final da fase industrial.
A globalização trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que movem os capitais produtivos e especulativos. Agora a invasão não é mais armada, feita com tropas é muito mais sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão de mercadorias, capitais, serviços, informações, pessoas. As novas armas são a agilidade e a eficiência das comunicações, da informática, dos Airbus.
A invasão de agora é, muitas vezes, instantânea, online, via redes mundiais de computadores, que interliga as bolsas de valores ou de capitais especuladores de curto prazo, com grande velocidade, em busca de marcados mais interessantes.
É fato que a nova ordem acabou com o perigo de uma III Guerra Mundial. Mas os problemas e as contradições, tanto do capitalismo, quanto do socialismo, que eram deixados em segundo plano, passaram a a aflorar, chamando a atenção de todo.
Desigualdades sociais e regionais, sentimentos xenófobos, desemprego, agressão ao meio ambiente, conflitos religiosos e étnicos.
Assim, o que se percebe é que, com o fim da Guerra Fria, muitas tensões e conflitos, que estavam latentes, vieram à tona.
É importante ficar claro que a nova ordem mundial é a constituição de uma novo arranjo geopolítico e econômico no plano internacional, e não um novo mundo no qual impere a ordem, a estabilidade, o respeito às minorias. A nova ordem mundial, não significa um mundo de paz, mas está muito longe disto.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
TEXTO BÁSICO PARA OS ALUNOS DO 2º ANO DO em
FASES DO CAPITALISMO
GEOGRAFIA
Ao
longo do tempo, constituíram-se diferentes fases do capitalismo, etapas essas
que acarretaram profundas transformações no espaço geográfico das sociedades.
O sistema capitalista, desde suas origens no final
do século XV e início do século XVI, sofreu diferentes transformações, passando
de um modelo transitório da crise do feudalismo a um complexo modelo de
economia e sociedade. Tais transformações ocasionaram profundas produções e
transformações socioespaciais, que, em partes, refletiram tanto as modificações
nas técnicas e nos modelos produtivos quanto resguardaram em si as heranças
dessa dinâmica.
Para fins didáticos, as principais
análises dividem a história com base em três fases do capitalismo: o comercial,
o industrial e o financeiro. Existem autores que ainda afirmam
existir uma quarta fase: o “capitalismo informacional” — termo desenvolvido por
Manuell Castells em sua obra “A Sociedade em Rede”. No presente texto, estão
reunidos alguns esforços para caracterizar essa periodização, com ênfase
nas transformações causadas sobre o espaço geográfico.
Capitalismo comercial
O Capitalismo Comercial alavancou-se graças ao
início da formação do sistema capitalista e a consequente expansão do comércio
internacional no contexto da Europa. Essa fase ficou marcada pela expansão
marítima comercial e também colonial, com a formação de colônias europeias em
várias partes do mundo, com destaque para as Américas e também para o
continente africano.
Nesse período, intensificou-se a
prática do mercantilismo, um sistema econômico geralmente
concebido como “um conjunto de práticas” não planejadas. Esse sistema era
calcado na busca e controle de matérias-primas e metais preciosos (metalismo),
além da intensiva troca comercial internacional, em que cada Estado procurava
manter uma balança comercial favorável.
Outro desenvolvimento importante durante essa fase
do capitalismo foi a manufatura, o que foi mais tarde desenvolvido a partir das
revoluções industriais. O resultado sobre o espaço geográfico foi a
constituição de muitas cidades e o crescimento de algumas outras, embora a
população continuasse majoritariamente rural tanto nos países imperialistas
centrais quanto nas colônias e nações menos desenvolvidas.
Capitalismo Industrial
A segunda fase do capitalismo é chamada
de Capitalismo Industrial por ter sido um efeito direto da emergência, expansão
e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de Revolução Industrial iniciado em meados do
século XVIII na Inglaterra. Com isso, a luta por matérias-primas, transformadas
depois em mercadorias industrializadas, intensificou-se ao longo do globo, e a
Divisão Internacional do Trabalho foi assim estruturada: de um lado, as
colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos primários em
geral; do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores
de mercadorias.
Nos países desenvolvidos, notadamente
na Europa e em algumas partes da América do Norte, as cidades conheceram um boom populacional,
marcado pelo intensivo êxodo rural e pela expansão desordenada das periferias
em locais como Londres e Paris. A grande quantidade de trabalhadores empregados
nas fábricas e a difusão do pensamento econômico liberal, desenvolvido por Adam
Smith, também foram elementos característicos desse contexto, que se estendeu
até o final do século XIX e o início do século XX.
Capitalismo Financeiro
Para muitos, essa é a atual fase do capitalismo,
marcada pelo protagonismo exercido pela especulação financeira e pela bolsa de
valores, que passou a ser uma espécie de “termômetro” sobre a economia de um
país. Basicamente, essa fase do capitalismo estrutura-se com a formação do
mercado de ações e a sua especulação em termos de valores, taxas, juros e
outros.
Em algumas abordagens, diz-se que no Capitalismo
Financeiro houve uma espécie de fusão entre capital bancário e capital
industrial. Isso ocorreu porque as empresas passaram a ser divididas em ações
negociadas com base em valores e calculadas a partir do potencial de
lucratividade oferecido por tais empresas.
Alguns críticos alcunham esse período
de Capitalismo Monopolista, pois uma de suas competências é a possibilidade de
união (fusão, também chamada detruste) entre uma ou mais empresas, ou
até mesmo a compra de uma pela outra através do investimento em ações. Nesse
sentido, boa parte do mercado, em vez de ser gerida pela lei da livre concorrência,
estaria condenada ao monopólio ou ao oligopólio, embora as grandes fusões do
mercado atual não tenham extinguido a competição.
Um exemplo de fusão entre duas empresas
foi a união entre a Sadia e aPerdigão, ou a compra da Yahoo e
da Nokia pela Microsoft, além de inúmeros outros casos. Tal
configuração também permitiu a expansão de algumas marcas pelo mundo todo,
empresas essas chamadas de multinacionais ou globais.
O principal efeito dessa dinâmica sobre o espaço
geográfico foi a industrialização dos países emergentes, com uma consequente e
acelerada urbanização ao longo do século XX, a exemplo do Brasil e dos chamados
Tigres Asiáticos. Alguns países periféricos também estão se industrializando,
muito em função da migração dessas empresas estrangeiras para suas áreas em
busca de impostos mais baratos, fácil acesso a matérias-primas, uma mão de obra
mais barata e uma mais ampla contemplação ao mercado consumidor.
Por Me. Rodolfo Alves Pena
TEXTO DE INTERESSE DO 2º ANO
Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial, avanços tecnológicos, invenções,
história, resumo, tecnologia
Introdução
A Terceira Revolução
Industrial teve início em meados da década de 1940, logo após o término da
Segunda Guerra Mundial, vindo até os dias de hoje. Este processo teve a
liderança dos Estados Unidos da América, que se tornou a grande potência
econômica deste período. Tem como principal característica o uso de tecnologias
avançadas no sistema de produção industrial.
Principais
características da Terceira Revolução Industrial:
- Utilização de várias fontes
de energia (antigas e novas): petróleo, energia hidrelétrica, nuclear, eólica,
etc. Passa a aumentar, principalmente a partir da década de 1990, a preocupação
com a diminuição do uso das fontes de energia poluidoras e aumento da energia
limpa.
- Uso crescente de recursos da
informática nos processos de produção industrial. A Robótica é o principal
exemplo.
- Diminuição crescente do
emprego de mão-de-obra humana (principalmente em tarefas braçais), sendo
substituída pelas máquinas, sistemas automatizados, computadores e robôs
industriais.
- Uso de tecnologias no
processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo de produção.
- Ampliação dos direitos
trabalhistas.
- Globalização: produção de
produtos com peças fabricadas em várias partes do mundo.
- Desenvolvimento da
Biotecnologia, ampliando a produção da indústria de medicamente e melhorando a
qualidade e eficiência.
- Surgimento, na década de
1970, de novas potências industriais e econômicas como, por exemplo, Alemanha e
Japão. Neste cenário, já na década de 1990, aparece a China.
- Massificação dos produtos
tecnológicos, ligados aos meios de comunicação e Internet, no começo do século
XXI. Exemplos: telefones celulares, computadores pessoais, notebooks, tablets e
smartfones.
- Aumento da consciência
ambiental, a partir da década de 1980, por grande parte das indústrias, que
passam a buscar processos produtivos sem ou com baixo impacto ambiental.
Principais invenções tecnológicas deste período:
- ROBÔS INDUSTRIAIS;
- SATÉLITES DE COMUNICAÇÃO;
- COMPUTADOR PESSOAL;
- CAIXA ELETRÔNICO;
- TELEFONE CELULAR;
- TABLET;
- SOFTWERES;
- SISTEMA DE GPS;
- TECNOLOGIAS AUTOMOTICAS.
CAPITALISMO
MONOPOLISTA
Para entendermos essas situações típicas do
capitalismo, é preciso definir alguns conceitos:
Capitalismo
financeiro: ocorreu a partir do século XX, quando as grandes empresas
interagiram, e interagem até hoje, com o capital bancário. Grandes empresas
compraram bancos e bancos compraram grandes empresas. Antes desse período, o
capital industrial era o mais importante setor do capitalismo, principalmente
no século XIX. Atualmente, a circulação de dinheiro e o capital bancário definem
grande parte do investimento mundial.
Monopólio
capitalista: apesar do sistema capitalista pregar a concorrência entre
empresas, ao longo do processo industrial não foi isso que ocorreu: principalmente nas crises, as pequenas e
médias empresas não conseguem concorrer com as grandes empresas, que contam com
grande apoio dos bancos e podem abaixar muito seu preço. Como as pequenas não
têm poder de concorrer, elas acabam fechando ou são compradas pelas grandes
empresas. Exemplo: as fusões de empresas, como a AmBev, que fez o
setor de cervejas quase um monopólio brasileiro (a Brahma e a Antártica se
uniram). As fusões e aquisições de empresas não são sempre feitas de forma
legítima. A concorrência, muitas vezes, é feita de forma desleal e ilegal.
Oligopólio: ocorre quando uma empresa domina sozinha a
produção de uma determinada mercadoria ou serviço, impondo seus preços. É um
monopólio, sendo as práticas mais comuns os cartéis, trustes e holdings, que muitas vezes utilizam o
dumping.
Cartel: ocorre
quando grandes empresas do mesmo setor fazem um acordo para dominar o mercado
praticando o mesmo preço (normalmente mais alto do que ocorreria com a livre
concorrência).
Truste: ocorre quando um conjunto de empresas se associam para
constituir uma única operação, ou seja, teoricamente são concorrentes mas na
prática, os donos e os maiores acionistas são os mesmos.
Holding:
ocorre quando uma grande empresa é criada para administrar outras, portanto é
quase um cartel “disfarçado”, pois uma empresa controla a outra por maioria
acionária. Apesar de ser legal em muitos países, é desleal pois elimina, ou
dificulta, a concorrência.
Dumping: ocorre quando grandes empresas colocam
seu preço abaixo do custo de produção, com a finalidade de quebrar as pequenas
empresas, para adquiri-las ou fechá-las. É ilegal mas de difícil comprovação e
condenação.
FONTE: sua pesquisa.com
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
RELÍQUIA DA LITERATURA FRANCISCANA
Poema escrito em 1938, por Francisco José Gomes Costa (avô do Chico
Costa do mercado), extraído do livro Caderno dos Estados – Escritos do Vovô
Costa
O poema foi escrito em
um período que a diocese não permitia que os Padres permanecessem por muito
tempo na paróquia de São Francisco do Glória.
Paróquia de São Francisco do Glória
“Padres não ficam”
O Padre neste lugar não fica,
Não fica – não fica não!
Todos ficam nesta terra
Seja judeu ou pagão
Protestantes, metodistas
Ou de qualquer religião
Costureita, modista
Sapateiro ou remendão.
Só o Padre aqui não fica
Não fica - não fica não!
Vem um Padre, vem logo
Mais outro e todos se vão,
Fica sempre a freguesia
Somente com o sacristão.
É um cubaco* e a relia**
É praga ou maldição.
O Padre em São Francisco
Não fica - não fica não!
Fica o Arthur na botica
O Vergélio no balcão
O ZÉ
Valério ferreiro
E o José do Roldão
Fica o Alípio seleiro
Fica o Roriz Capitão.
Mas Padre aqui não fica
Não fica - não fica não!
Fica também o Nascimento
Que manda no Maranhão
Fica o Jota fazendeiro
Dos Roriz também o João
Fica o David, o padeiro
Que vende bem caro o pão.
Só o Padre aqui não fica
Não fica - não fica não!
Fica o Zé Costa fiscal
Fica o Joaquim seu irmão
Fica o Gustavo e o Graciano
O João Quitério que é bom
Com a sanfona o Domiciano
O Durval, o violão.
Só o Padre aqui não fica
Não fica - não fica não.
Fica o Dornellas Major
E o
Nico com o caminhão
Fica o Pedro Pedrosa
Pedro Portes e o Pedro Romão
Fica também o Manoel Rosa
Fica o Zé Pinto Brandão.
Mas o Vigário aqui não fica
Não fica - não fica não!
Fica o autor dessa escrevança
Velho caduco e bobão,
Fica o Mesquita na escola
E o Azarias escrivão,
O Adolfo em Carangola
Neste distrito o Roldão.
Mas Padre aqui não fica
Não fica - não fica não!
Fica o compadre Iremate
Rapaz catita e pimpão
Cabereiro dessas damas
Que ebem boa profissão
Goza merecida fama
Trabalha com perfeição.
Só Padres aqui não ficam
Não fica - não ficam não!
Fica o Paulo Ricardo
Capitalista e Podão***
Alberto Freiro e o Chico
Com certeza ficarão
Fica também a Saninha
Esposa do falecido Adão.
Mas Sacerdote não fica
Não fica - não fica não!
Fica o mestre da música
Que tem o nome João
Fica também o Euclides
Filho do amo Roldão
Fica o Acácio Dornelas
Que é um camaradão.
Mas os Padres não ficam
Não fica - não fica não!
Fica o amo Soares
Que tem a sua profissão
De carapina e não nega
Que é uma distração
Fica o João Filomeno
Que fura as covas no chão.
Somente o Sacerdote não fica
Não fica - não fica não!
Fica o Manoel Gustavo
Que é um rapaz sacudidão
Também fica o Nivaldo
Que é meio valentão
Fica também o Barra Mansa
Que tem a cara de Sultão.
Mas Padres aqui não ficam
Não fica - não fica não!
Fica o Chiquinho Alfaiate
Rapaz que veio do Japão
Fica só com seus aprendizes
Só com as tesouras na mão.
Só os Padres não ficam
Não fica - não fica não!
Fica também nosso amigo
Que mora no Sobradão
Pai de três moças bonitas
Põe a gente em confusão
Ele tem um nome esquisito
Mas lhe chamam de Dadão.
Só padre aqui não fica
Não fica – não fica não!
Fica também o Nô-nô
Que do Barra Mansa é caixeiro
Fica também a D. Olímpia
Que parece um balão
Fica o Filismino
Nobre com um enorme porretão.
Mas Vigário neste lugar não fica
Não fica – não fica não!
Fica também o seu Delegado
Que tem um bom coração
Ficam também os seus filhos
Que parecem temtação
Fica o Ramiro dentista
Que só trabalha de boticão
Mas padre neste lugar não fica
Não fica – não fica não!
Fica também o Zé Pio
Nosso amo capitão
Camilo Guedes e João Marico
Com certeza ficarão
Vou dar firme amolação.
Só o Padre aqui não fica
Não fica – não fica não!
Já tinha dado por finda
Esta encrencada canção
Quando me vio a lembrança
Luiz do sítio e Zé Adão
E assim terminando
Sem saber qual é a razão.
Que o Padre em S. Francisco do Glória
Não fica – não fica não!
Costa, avô
de Irmã Rosa – Março de 1938
*feitiço.
**Arrelia:
coisa ruim, mau agouro.
***Poderoso.
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