Previsão do tempo em São Francisco do Glória - MG

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

AS CHUVAS ESTÃO CASTIGANDO SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA E REGIÃO

Nossa região está recebendo uma carga de chuvas bastante acentuada. Precisamos estar atentos para que os danos possam ser minimizados. Ao viajar, por exemplo, verificar as condições do veículo, evitar viagens desnecessárias em período de temporais, observar os buracos nas rodovias, ter cuidados especiais quando transitar em vias sem pavimentação, solucionar problemas de vazamento de telhados e infiltrações e ficar atento com moradias localizas em áreas de risco – topo de morros muito íngremes, próximo de árvores muito grandes com troncos apodrecidos, etc.

O aumento das chuvas este ano são conseqüências do El Niño e não das mudanças climáticas

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos cinco meses entre junho e outubro choveu nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste mais de 80% acima da média dos últimos 30 anos.

O meteorologista do Inpe Lincoln Alves afirmou, no entanto, que a chuva foi acima da média, mas não acima do esperado, porque neste ano aconteceu o "El Niño". O fenômeno meteorológico, que é caracterizado pelo aumento na temperatura das águas do oceano Pacífico, afeta a atmosfera e, consequentemente, altera o clima no Brasil.

Segundo Lincoln, a sensação que a população tem de que está chovendo demais é justificada, principalmente porque no ano passado esta época foi bastante seca. Se em 2009 a chuva já está mais de 80% acima da média histórica, 2008 ficou 20% abaixo dela.

Alves explica ainda que essas variações não têm nada a ver com mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. "Não há razão para acreditar nisso. São variações um pouco acima da curva, mas nada alarmante", completou ele.

Vamos ficar atentos, prevenir é melhor que remediar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FOTO DA CACHOEIRA DA USINA - SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA


Precisamos aprender observar a natureza com sensibilidade e respeito. Compreender os limites da vida e a grandeza da paisagem - refúgio seguro da biodiversidade.
Existem aqueles que limitam-se nesta vida em viver. Particularmente prefiro viver, admirar, aprender e respeitar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

BELAS IMAGENS DA APA SERRA DA PROVIDÊNCIA



TEXTOS VENCEDORES DO PROJETO DESAFIO MUDANÇAS CLIMÁTICAS 2009

O AQUECIMENTO GLOBAL E A MINHA REGIÃO, COMO FAZER A DIFERENÇA?

TEXTO1
Há algum tempo, as pessoas demonstravam não crer em uma ameaça que parecia estar distante, porém se enganaram.

Como sabemos que ocorreram momentos frios (Era do Gelo), agora tudo se inverteu, o temido aquecimento global está batendo à porta.

Afinal, o que é aquecimento global?

O aquecimento global é a elevação da temperatura planeta, porque a Terra é envolvida por uma camada que retém gases, é como se fosse um vidro que mantém a terra aquecida. Sem ele, a temperatura cairia muito. Só que as atitudes do homem sem consciência estão engrossando essa espécie de vidro. O aquecimento traz conseqüências desastrosas como furacões, inundações e secas, as geleiras derreterão, a vegetação mudará pelo excesso ou falta de chuva, o inverno será mais curto (como já tem acontecido), etc.

Em nossa região, o processo de aquecimento começou a acontecer. Devido ao desmatamento e queimadas, a temperatura está aumentando, a agropecuária está emitindo gases poluentes, e está causando erosão do solo, rios estão sendo poluídos. Mas nós, enquanto cidadãos comuns e habitantes do planeta terra, podemos tomar pequenos cuidados para diminuir as conseqüências deste aquecimento como: usar lâmpadas florescentes, luz solar, reciclar, usar produtos menos tóxicos, não desmatar, nos unir a grupos de preservação ambiental, para sempre estar cultivando e preservando os bens mais bonitos e preciosos que possuímos.Juntos fazermos uma área de preservação, limpar rios e córregos para assim vivermos num mundo melhor, sem impactos que nos prejudiquem.

Muitos cientistas observam a natureza e nos passam informações sobre as conseqüências desses impactos ambientais. Nosso papel nesse cenário catastrófico e destrutivo é ouvir essas informações e assim como um colibri que tenta apagar um incêndio na floresta levando água em seu bico, devemos unir forças e fazer nossa parte.

Quem tem amor à vida “cuida” da natureza. E é possível mudar essa realidade, só depende de nós, porque é melhor cada um fazer um pouco do que carregar a culpa de não ter feito nada.

O aquecimento global é problema nosso!

Vamos cuidar e preservar o planeta em que moramos, para que as próximas gerações possam viver num mundo melhor, e o reservem como deve ser feito.

LOYSLÂYNY SILVA SOARES É ALUNA DO 8º ANO C DA ESCOLA ESTADUAL SANTO AGOSTINHO


TEXTO2
O planeta está passando por uma situação de extrema calamidade para os que o amam e amam a vida: poluição, enchentes, fracões, secas, escassez de água, altas temperaturas... enfim problemas ecológicos causados, principalmente, pela emissão de gases poluentes, desmatamentos que geraram o aquecimento global - preocupação que já afeta a qualidade de vida mundial. É causado pelas indústrias, agropecuária, uso de combustíveis fósseis (liberam dióxido de carbono, metano, etc...) que contribuem sensivelmente para a destruição da camada de ozônio - proteção contra a elevação da radiação ultravioleta.

Uma descoberta que talvez seja um grande passo rumo ao desenvolvimento é o Pressal, pois possui grandes reservas de petróleo. Entretanto tais reservas vão contribuir significativamente para a destruição do planeta. Talvez ele não devesse ter sido descoberto, pois o homem não sabe utilizar os recursos naturais conscientemente. Não estamos buscando sobrevivência, mas a decadência do planeta e da humanidade. Os atos que cometemos até o momento vêm repercutindo ao longo dos anos para a elevação da temperatura em mais 0.5° c. As mudanças climáticas já desencadeiam desordem nas estações do ano e no clima mundial.

Em nossa cidade o aquecimento global já dá sinais de destruição: áreas florestais foram desmatadas e queimadas, o clima está mais seco. Medidas de preservação já estão sendo tomadas como a criação da “APA Serra da Providência”, uma área de preservação ambiental que resguarda belezas naturais e exóticas em nossa região, mas ainda devemos lutar a favor da limpeza dos rios, reflorestamento de áreas destruídas por erosão, contra a poluição, etc.

A estrada na qual estando caminhando não tem volta, apenas outras direções que reconstroem o planeta melhor, verde e limpo, por isso devemos nos conscientizar e lutar para que as próximas gerações desfrutem de tanta beleza.

Não somos apenas construtores de máquinas. Vamos pensar no futuro, pois ele está em nossas mãos. “Comecemos a agir agora” em nossa região, no lugar em que vivemos. Não vamos deixar na História o que um dia o planeta um dia foi e só não continuou sendo por falta de amor, vontade, inteligência e consciência do homem. Devemos agir como espécie evoluída, protegendo nosso bem mais precioso, nosso Planeta Terra, nosso Planeta Água, enfim nosso Planeta Vida!

POLYANA A. A. PEDROSA É ALUNA DO 8º ANO C DA ESCOLA ESTADUAL SANTO AGOSTINHO

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CENTRO DE PESQUISAS AMBIENTAIS IRACAMBI - ROSÁRIO DA LIMEIRA


Aproveitando a folga da semana do Professor fui conhecer o Centro de Pesquisas Iracambi. Trata-se de uma fazenda de 500 hectares de terra  a uns 13 quilômetros da cidade de Rosário da Limeira. 50% da propriedade é dedidada a pesquisa científica sobre a flora da Mata Atlântica, desenvolvimento sustentável da região e turismo ecológico. Constantemente cientistas de vários países desenvolvem suas pesquisas no local. A paisagem é de Mata Atlântica exuberante. Pode-se observar animais nas trilhas como tatus, pássaros, lagartos e outros. Vale a pena conhecer.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O SOM FRANCISCANO DOS ANOS 70 – A BANDA MUSICAL OS NÔMADES

Quem viveu os anos 70 em São Francisco do Glória deve se lembrar da Banda OS NÔMADES, que fazia o maior sucesso em nossa cidade e na região. O grupo formado por músicos como Zé Bissiati, Wagner de Paula, Paulo Edson, Antônio do Sebastião Bento, Paulinho Sacrifício, Raimundinho, Zeca, Paulão do Zé Ricardo dentre outros, arrancava suspiros da moçada. Eram os verdadeiros galãs do rock franciscano.

A banda fazia o maior sucesso ao ritmo de Beatles, Elwis Presley, The Fivers, Paulo Diniz e tantos outros artistas da época. As apresentações em festas e bailes na região eram constantes. E tinha também os bailes no Rancho Alegre.

Lembro-me que a banda ensaiava na antiga Casa Paroquial - ali perto da igreja Matriz. Eu, com uns 10 anos assistia aos ensaios tocando meu violãozinho alaranjado de plástico. Bons tempos aqueles!

Depois nos anos 80 e 90 tive a oportunidade de tocar com vários integrantes dabanda OS NÔMADES no também inesquecível CONJUNTO DA CASA. Mas esta é outra história que conto depois.

Foto do Paulinho Sacrifício

Acervo pessoal Zé Bissiati

Acervo pessoal Zé Bissiati

FUTEBOL FRANCISCANO


Dois jogos movimentaram o campeonato regional de futebol adolescente e juvenil em São Francisco do Glória. No primeiro jogo os adolescentes não tiveram dificuldades para vencer o time de Eugenópolis por 5 X1. No segundo jogo o time franciscano fez muitas faltas e teve dois jogadores expulsos - o meia Marcos e o atacante Gean. O jogo terminou com vitória franciscana em 2X1.

sábado, 10 de outubro de 2009

1ª CONFERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL – GRS - MANHUMIRIM

Sexta-feira dia 09 de outubro aconteceu a 1ª Conferência Regional de Saúde e Ambiente em Manhumirim. O evento foi organizado pela Gerência Regional de Saúde de Manhumirim.


Na ocasião foram discutidas ações a serem implementadas em âmbito regional para minimizar impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida nos municípios da regional.

No final de outubro acontecerá a Conferência Estadual em Belo Horizonte e em dezembro a Conferência Nacional em Brasília

Foram delegados representantes do Município de São Francisco do Glória a Secretária de Saúde Paula, a Enfermeira Maurícia, o Professor Elizeu Magno, o funcionário da Prefeitura Tarcísio, a Coordenadora da Agricultura Átala e a Agente Sanitária Eliz Regina.

No evento aconteceram várias palestras e debates sobre o tema, além da eleição dos delegados que representarão a região na conferência de Belo Horizonte. O Funcionário Público Tarcísio será um dos delegados.


domingo, 4 de outubro de 2009

ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL SANTO AGOSTINHO QUE SE DESTACARAM NO 3º BIMESTRE EM GEOGRAFIA

Esta é uma homanagem aos alunos do professor Elizeu que se destacaram em Geografia no 3º bimestre de estudos.
6ºANO A - NATHÁLIA MARIANO BEIJO
6ºANO B - LUCAS ANDRADE NUNES
8ºANO B - VANESSA DA SILVA BENTO
8ºANO C - BRUNO FAVA BORGES E POLIANA ALMEIDA
9ºANO A - BETÂNIA GUILHERMINA PEDROSA
9°ANO B - TAÍS CRISTINA DA SILVA
1ºANO A -  MARIA LUZIA SILVA PAULO
1ºANO B - ELIANE APARECIDA RORIZ ALVES
3ºANO A - AMANDA LIMA DA SILVA
3ºANO B - GEAN RODRIGUES MATA E WELLINGTON RODRIGUES PIMENTEL
EJA1 - MARINALVA DE SOUZA PEREIRA
EJA3 - MARIA IZABEL PIRES MOURA E MARÍLIA ANTUNES BONIFÁCIO
1º EJA - SEBASTIÃO RAFAEL NETO

Parabéns a todos!

DESFILE DOS ALUNOS DAS ESCOLAS DE SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA

São Francisco do Glória foi emancipado em 12 de dezembro de 1953. No entanto as festividades de comemoração pelo seu aniversário acontecem no mês de outubro. Dia 4 (dia do padroeiro da cidade - São Francisco de Assis) aconteceu o desfile dos alunos da E.E. Santo Agostinho e da E. M. Antônio Franco Laviola e demais escolas municipais da zona rural.
Abrilhantaram o desfile a Fanfarra de Nossa cidade(composta por alunos e ex alunos da E. E. Santo Agostinho) e a Banda de Música de Laranjal.
Parabéns a  todos que se empenharam para a realização e sucesso do evento.
Dia 15 tem início a  já tradicional Festa do Franciscano Ausente. Participe.

Apresentação das alunas à frente da fanfarra

Banda de Música Maestro Mário Silveira - Centro Educacional Municipal Norberto Berno - Laranjal M G
A Banda deu um espetáculo tocando pelas ruas de São Francisco do Glória e fechando o desfile.
A população franciscana ficou emocionada.


Fanfarra de alunos e ex alunos da Escola Estadual Santo Agostinho que abrilhantaram o evento
Maestros Amaral e Tito Borges

Concentração de franciscanos e visitantes na praça São Francisco de Assis assistindo ao desfile

Baliza fazendo a pirâmide - logo atrás vem a fanfarra

Alunos da E. E. Santo Agostinho

Alunas da Professora de dança Miryan Laviola

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O JARDIM DA "RUA DO PINHEIRO"


Acervo pessoal
O jardim foi contruído no mandato do Prefeito Dr Gilberto. Antes o local era um terreno baldio e hoje é uma bela área de lazer para a comunidade do Pinheiro e demais moradores franciscanos. Além do jardim também foi construída uma praça.
O jardim é muito bem cuidado pela Lurdes. Temos que valorizar àqueles que trabalham com carinho e dedicação tentando, apesar de tudo mostrar que nossa cidade é um lugar legal para se viver.

FOTOS DO JARDIM DA "RUA DO PINHEIRO" CARINHOSAMENTE CUIDADO PELA LURDES DO SACATRAPO


Flor de Orquídea no jardim da "Rua do Pinheiro"
Acervo pessoal

OBRA DE ARTE NO INTERIOR DA MATRIZ


Acecrvo pessoal
Esta obra de arte no interior da Igreja Matriz foi uma doação do ex Prefeito de Carangola Sr Antônio Ferreira da Silva em 1957

IMAGEM DA IGREJA MATRIZ


Imagem atual da Igreja Matriz  São Francisco de Assis
Acervo pessoal

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um pouco da história dos índios que habitaram São Francisco do Glória – Os Puris

Você sabia que os índios da nação Puri habitaram nossa região? Provavelmente muitos franciscanos sejam descendentes desta etnia. Muitos habitantes mais antigos falam da possibilidade de parentesco com estes índios. Temos exemplos de pessoas cujos apelidos são em alusão a este povo.

Rugendas
Os Puris da Serra dos Arrepiados, hoje Serra do Brigadeiro.

Os índios Puris eram hábeis pescadores que viviam originalmente no Litoral do Espírito Santo e Rio de Janeiro. No entanto, tiveram que se adaptar às regiões serranas a partir de 1500 em conseqüência da chegada dos portugueses, e a consequente escravização, algo que os Puris não suportavam, comum em todas as tribos.

Foi então que se viram forçados a se acuar pelo interior do Brasil. Em uma dessas imersões chegaram à região da Serra do Brigadeiro, um dos seus últimos redutos, antes denominada Serra dos Arrepiados. Encurralados pelos europeus e por algumas tribos indígenas mais selvagens como os Boruns, mais conhecidos por Botocudos ou Aymorés, dominantes do Vale do Rio Doce. A única opção de sobrevivência foi mesmo se adaptar às matas fechadas e ao frio da Serra dos Arrepiados, nome esse dado em referência aos Puris. Em 1680 o Capitão Antônio Raposo de Barretos, em uma de suas “Bandeiras” na caça aos índios, escrevendo ao correspondente comercial no Rio de Janeiro, expressava receio de perder os 40 (quarenta) Puris que seu filho tinha trazido da Serra da Mantiqueira.

Em 1693, outro bandeirante chamado Antônio Rodrigues de Arzão, tendo em uma de suas expedições partindo de São Vicente e passando por Taubaté a procura do Pico do Itacolomi (referência para os bandeirantes em suas expedições pela região do interior de Minas) marchau para a Serra do Guarapiranga com o objetivo de prear índios. Avistou a Serra dos Arrepiados que lhes pareceram mais próximas do que realmente estavam, desceu em sua direção e alcançou o Rio Piranga, onde vagavam alguns índios da nação Puri, que lhes deram notícias da existência de ouro na região do Rio Casca e os guiaram até a Serra dos Arrepiados, alojando-os em uma choça de casca de madeira, denominada Casa da Casca, nome que posteriormente foi transferido ao Rio Casca, o qual conserva até hoje. Nesta ocasião foram recolhidas amostras de ouro e vários índios foram levados.

Com a descoberta do Ouro na região, outros bandeirantes investiram nesta região, porém só a partir de 1780, com a nomeação de D. Rodrigo José de Menezes a Governador da Capitania de Minas Gerais, que realmente começaram o extermínio aos Puris dos Arrepiados. Com a crise do ouro e preocupado em aumentar os campos das minerações, e sabendo da existência de ouro na região da Serra dos Arrepiados, de imediato organizou-se expedições para a região, sendo a primeira datada de Julho de 1780 com permanência de um ano, onde ocorreram várias mortes e escravização de índios puris

A segunda expedição, de Julho de 1781, foi mais desbravadora. Com a vinda do próprio governador e por mando seu, na ocasião fundou-se o Arraial dos Arrepiados (hoje Araponga). Por toda a região foram feitas abertura de caminhos, distribuição de terras e incentivo à mineração e à agricultura. Os conflitos entre índios e brancos se tornaram então cada vez mais freqüentes e contínuos, acarretando então na matança dos índios que não eram, à época, considerados, pelos “invasores”, ou melhor, pelos europeus, donos das terras nem seres dignos de respeito.

Com isto, viu-se a necessidade de intensificar o processo de “civilização”, criando aldeamentos sem nenhum critério, misturando-se tribos e etnias diferentes, introduzindo, sem nenhum respeito à sua cultura, os valores europeus. Os índios que se rebelavam ou aqueles que não se submetiam a tal, eram caçados e praticamente exterminados através de guerra bacteriológicas principalmente com o vírus da varíola introduzida aos índios através de presentes. Também eram comuns massacres promovidos por soldados do governo e até mesmo o estímulo de guerras entre tribos, além de matanças isoladas, promovidas por fazendeiros, que se viam no direito de eliminar “obstáculos”.

O índios Puris só conseguiram sobreviver por mais tempo devido à sua imersão em matas e serras de difícil acesso, como a Serra dos Arrepiados, que até ao final do século XIX, mantinham-se boa parte de sua cultura e costumes, alguns destes ainda preservados por famílias, que a priori, se dizem descendentes dos indígenas.

Até pouco tempo julgava-se extinta a cultura e o povo Puri, porém, mais recentemente, tem-se notícia da existência de inúmeros descendentes que guardam a língua, a história, os costumes e outros saberes, além de marcarem presença no folclore e no imaginário religioso.

Os Índios Puris são lembrados até hoje através de suas heranças culturais, podendo-se destacar a Dança de Caboclo, uma das mais importantes manifestações folclóricas da nossa região. Esta dança é praticada hoje sob a forma de apresentação artística, pelo grupo FOLGUEDO dos ARREPIADOS.

De acordo com pesquisas realizadas, esta dança era praticada pelos próprios índios Puris, com o passar do tempo e devido a uma forte perseguição à sua cultura, principalmente as de maior expressão, como as danças e outros rituais religiosos, foram sendo deixadas pelos seus últimos remanescentes, inibidos, e em alguns casos proibidos de cultuar e praticar seus costumes. Daí então, em memória aos Puris, descendentes e remanescentes começou a praticar a dança e cantos em forma de folclore, surgindo a popular “Dança dos Caboclos”.

Provavelmente os índios puris tiveram aldeias aqui no município de São Francisco do Glória. Caçaram em nossas matas, pescaram em nossos rios e beberam água em nossas nascentes. Provavelmente também o sangue deste povo, brutalmente extermidado pelo colonizador esteja espalhado por aí entre vales e morros.

A memória de um povo não pode ser esquecida.
Elizeu Magno de Paula

Bibliografia: Rodnei Ribas
www.cepecmg.org